Uso de antibiótico antes dos 2 anos eleva risco de obesidade infanti
Chances do problema podem ser até 20% mais elevadas, principalmente se criança é exposta ao medicamento pelo menos quatro vezes nessa idade
Um novo estudo americano é mais um a sugerir a que os antibióticos podem levar a problemas relacionados ao peso. Segundo a pesquisa, feita com quase 65 000 crianças, o uso desses medicamentos antes dos 2 anos de idade aumenta a probabilidade de obesidade infantil.
O trabalho, publicado nesta segunda-feira no periódico Jama Pediatrics, foi feito no Hospital Infantil da Filadélfia. Os pesquisadores analisaram dados de 64 580 crianças, recolhidos entre 2001 e 2013.
egundo o estudo, mais de dois terços das crianças tomaram antibióticos antes de completarem dois anos. Entre elas, a chance de obesidade infantil foi de 2% a 20% maior do que o de crianças que não foram expostas ao tratamento nessa faixa etária. Os principais fatores que contribuíram com a diferença desse risco foram a frequência do uso de antibiótico e o tipo do medicamento usado.
Por exemplo, a maior propensão à obesidade infantil foi observada em crianças que foram tratadas com antibióticos pelo menos quatro vezes antes dos dois anos. Além disso, o excesso de peso na infância foi associado principalmente ao uso de antibióticos de amplo espectro, que são usados para combater várias bactérias diferentes.
Para os autores do estudo, as diretrizes sobre o tratamento de doenças pediátricas devem impor limites no uso de antibióticos e dar preferência a medicamentos de espectro reduzido. “A nossa pesquisa dá uma razão sólida para considerar com mais cuidado as razões para os usos de antibióticos e evitá-los sempre que possível”, diz Patricia Vuguin, endocrinologista pediátrica do Hospital Infantil da Filadélfia e uma das autoras do trabalho.
Segundo a equipe, pesquisas futuras devem observar de que forma outros fatores de risco para a obesidade infantil – como sedentarismo, má alimentação e histórico familiar – influenciam na ação dos antibióticos sobre o excesso de peso.
FONTE: veja.abril.com.br
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