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Dietas da moda só emagrecem a curto prazo, diz estudo

Ao comparar as dietas Atkins, South Beach, Vigilantes do Peso e Zone, pesquisadores concluíram que nenhuma delas é mais eficaz do que a outra para perder peso a longo prazo e proteger contra doenças cardiovasculares

Regimes da moda ajudam a emagrecer em um primeiro momento, mas não são eficazes para manter o peso depois de um ano. Além disso, o impacto das dietas sobre fatores de risco para doenças cardiovasculares é incerto. Essas são as constatações de um estudo publicado nesta terça-feira no periódico Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, da Associação Americana do Coração.
Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, revisaram pesquisas sobre quatro dietas famosas por promover perda de peso e benefícios cardiovasculares: Atkins, South Beach, Vigilantes do Peso e Zone. Eles compararam esses regimes com os resultados obtidos por pessoas que seguiram “programas tradicionais”, como dietas com pouca gordura e regimes prescritos por nutricionistas.

“Apesar da popularidade e da contribuição à indústria multimilionária da perda de peso, há pouca evidência de que essas dietas (da moda) ajudam a emagrecer e a reduzir os fatores de risco às doenças do coração”, afirma Mark Eisenberg, principal autor do estudo.

Comparação — O estudo revelou que, durante um ano de regime, adeptos dos Vigilantes do Peso perderam de 3,3 a 6 quilos, enquanto os seguidores de “programas tradicionais” emagreceram de 800 gramas a 5,4 quilos. Já na comparação entre a South Beach e os “programas tradicionais”, não houve diferença no emagrecimento dos participantes em um ano — com a ressalva de que todos os voluntários tinham passado por uma cirurgia de redução do estômago.

Ao comparar a perda de peso de voluntários que seguiram as dietas Atkins, Vigilantes do Peso, Zone e “programas tradicionais”, não houve alteração significativa ao longo de um ano. Os adeptos da Atkins perderam de 2 a 4,6 quilos; os do Vigilantes do Peso, em média 3 quilos; os da Zone, de 1,6 a 3,1 quilos; e os dos “programas  tradicionais”, em média 2,1 quilos. Tampouco houve diferenças relevantes nas melhoras de índices como colesterol, pressão arterial e glicose dos participantes.

Os estudos mais longos duraram dois anos e acompanharam pessoas que seguiram as dietas Atkins e Vigilantes do Peso. Nos dois casos, os indivíduos recuperaram parte do peso perdido ao longo do tempo.

“Essa pesquisa mostra aos médicos que as dietas famosas podem não ser a solução para ajudar seus pacientes a perder peso”, diz Eisenberg. “Uma intervenção mais ampla no estilo de vida do paciente, que envolve acompanhamento de médicos e de outros profissionais de saúde, talvez seja mais eficiente (para emagrecer).”

Fonte: veja.abril.com.br

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