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Ter uma infância feliz deixa o coração mais saudável

Pesquisa observou que risco de doença cardiovascular na idade adulta é menor entre aqueles que tiveram uma infância com estabilidade emocional

Uma pesquisa feita na Finlândia revela que o bem-estar das crianças pode ter impacto na saúde ao longo da vida. Segundo o estudo, publicado na segunda-feira no Circulation, periódico da Associação Americana do Coração, viver experiências psicológicas positivas na infância diminui a probabilidade de doenças cardiovasculares na idade adulta.

O estudo avaliou, em cerca de 3 500 crianças e adolescentes de 3 a 18 anos, aspectos como nível socioeconômico, estabilidade emocional, hábitos de saúde dos pais, ocorrência de eventos estressantes e problemas de comportamento. Após 27 anos, quando os participantes tinham de 30 a 45 anos, a saúde cardiovascular de cada um foi analisada. Para isso, os pesquisadores levaram em consideração fatores de risco para o problema, incluindo taxas de colesterol e açúcar no sangue, hipertensão, excesso de peso, tabagismo e diabetes.

Resultado — Segundo as conclusões, crianças que têm um maior bem-estar – como estabilidade emocional e financeira em casa, cultivo de hábitos saudáveis e menores problemas de comportamento (como agressividade e impulsividade) – são menos propensas a sofrer problemas cardiovasculares quando adultas.

Pessoas que viveram mais experiências positivas na infância e adolescência apresentam uma probabilidade 14% maior de terem um peso saudável na vida adulta do que aquelas que vivenciaram menos fatores de bem-estar quando mais jovens. Além disso, têm um risco 12% menor de se tornarem fumantes e 11% menor de sofrerem com taxas elevadas de açúcar no sangue quando mais velhas.

“As escolhas que os pais fazem para mudar o ambiente em que a criança vive pode ter efeitos a longo prazo na saúde delas. Por exemplo, pãe ou mãe desempregados que permanecem assim por muito tempo podem desencadear um efeito enorme nesse sentido. Por outro lado, se um dos pais deixa de fumar, a melhora da saúde da criança será significativa”, diz a coordenadora do estudo, Laura Pulkki-Råback, da Universidade de Helsinki, na Finlândia.

Fonte: veja.abril.com.br

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