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Não é só aeróbico: musculação também emagrece

Estudo mostra que modalidades que trabalham força e ganho muscular são tão eficazes para eliminar gordura quanto caminhada, corrida e afins

Exercícios aeróbicos, como correr, caminhar, nadar e dançar, ocupam o posto de aliados perfeitos de quem almeja o emagrecimento. Afinal, eles são reconhecidos por promoverem um considerável gasto calórico e a eliminação de gorduras. Mas sabia que a musculação e outras atividades de força têm um potencial parecido nesse aspecto?

Quem chegou a essa conclusão foram pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália, depois de analisarem os resultados de 58 pesquisas relacionadas ao treinamento de resistência. Ao todo, a análise incluiu 3 000 participantes.

Os cientistas se concentraram na mudança do percentual de massa gorda após os voluntários praticarem musculação. E os dados apontaram para uma perda de gordura de aproximadamente 1,4%, o mesmo valor obtido com atividades aeróbicas.

Talvez você esteja se perguntando por que, então, investir nas modalidades aeróbicas faz o peso na balança cair mais do que quando nos dedicamos ao levantamento de peso. Bom, existe uma razão para isso e quem explica é Mandy Hagstrom, autora sênior do estudo, em comunicado: “Na maioria das vezes, não ganhamos massa muscular quando fazemos o treinamento aeróbico”.

Mas, quando realizamos o treino de força, ao mesmo tempo em que perdemos gordura corporal, ganhamos músculos. “Então, o número na balança não parecerá tão baixo quanto ficaria com as atividades aeróbicas, especialmente porque o músculo pesa mais do que a gordura”, ensina a pesquisadora.

Em resumo, a mudança corporal (com eliminação de gordura e ganho de músculos) nem sempre passa por uma queda expressiva do ponteiro da balança. Olhar só para esse aparelho pode até dar uma ideia equivocada sobre o processo de emagrecimento.

Inclusive, os autores da investigação australiana afirmam que o mito de que exercícios aeróbicos são melhores para emagrecer se sustenta justamente em medições errôneas de quantidade de gordura no corpo. Não dá para confiar só na balança.

Por causa disso, eles foram bastante criteriosos ao escolher os estudos que entraram na revisão, selecionando apenas aqueles que usaram formas consideradas altamente precisas para essa medição, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Eles conseguem diferenciar a massa gorda do tecido magro com mais exatidão.

Cabe lembrar que os voluntários treinavam, em média, 2,7 vezes por semana, sendo que cada sessão durava de 45 a 60 minutos. Ao todo, foram cinco meses de dedicação. A pesquisa não apontou se variáveis como duração, frequência, intensidade ou volume do exercício influenciaram na porcentagem de perda de gordura.

No fim, o importante mesmo é a regularidade. “Faça o exercício que quiser e aquele que provavelmente conseguirá seguir”, resume a pesquisadora.

De toda forma, é consenso entre os especialistas que combinar diversas modalidades é a melhor opção para o corpo, já que trabalha habilidades distintas e promove um ganho de saúde muito mais global – afinal, os benefícios dos exercícios vão muito além da perda de peso.

Fonte: veja.abril.com.br

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