Como funciona a angiografia, exame que faz mapa dos vasos sanguíneos
Indicado para suspeitas de AVC, aneurismas e infartos, procedimento detecta anormalidades que levam a complicações graves e ajuda a corrigi-las
O nome da angiografia vem do grego e dá uma pista do que ele busca investigar: agghéion significa vaso. Este exame, desenvolvido no início do século passado, faz um raio-X dos vasos sanguíneos em busca de anormalidades, como obstruções, saliências, inflamações, entre outros problemas.
Geralmente, a angiografia analisa as artérias coronarianas, a angiografia coronariana, mais popularmente conhecida como cateterismo, ou os vasos cerebrais, a angiografia cerebral.
Por isso, o exame é indicado para casos de acidente vascular cerebral (AVC), aneurismas, infarto e aterosclerose (entupimento dos vasos sanguíneos).
Mas a angiografia não serve apenas diagnóstico: é também um tratamento. Durante o procedimento, o médico pode já consertar alguns dos problemas detectados.
Artérias podem ser alargadas por meio da colocação de stents (malha de fios que mantém o vaso desobstruído), rupturas podem ser corrigidas, bloqueios removidos etc.
Para quem a angiografia é indicada
Por meio da angiografia, o médico pode observar diversos tipos de problemas nos vasos sanguíneos, que estão na origem das doenças cardiovasculares, as líderes em mortalidade do Brasil. Tais como:
• Obstruções
• Hemorragias
• Estreitamento
• Entupimentos
• Ligações anormais entre as artérias e as veias, as malformações arteriovenosas
• Inflamações como vasculite
• Tumores
• Saliências na parede enfraquecida de um vaso sanguíneo, os aneurismas
• Rupturas na parede de um vaso sanguíneo
A indicação do exame, portanto, é para qualquer pessoa que tenha suspeita de algum desses quadros, com o médico devendo avaliar as condições gerais de saúde individuais antes de realizar o procedimento.
Como funciona a angiografia
É preciso um jejum de alimentos e líquidos de 12 horas.
No hospital ou clínica, o paciente recebe um anestésico local e um sedativo por via intravenosa para relaxar, mas permanece acordado durante o exame. Geralmente, o procedimento dura uma hora e meia, mas pode levar mais tempo.
O médico, então, introduz um cateter em um vaso de maior calibre, geralmente situados no pescoço ou na virilha. Por meio do cateter, um contraste é injetado por dentro dos vasos. O contraste flui e facilita a captação de diversas imagens do órgão em questão, seja ele o coração ou cérebro (a angiografia também pode ser indicada para análise do pulmão ou dos olhos).
Pode haver dor e hemorragia no local por onde foi introduzido o cateter e também reação alérgica do contraste, mas essas são situações mais raras.
FONTE: saude.abril.com.br
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