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Tomografia e teste de esforço são igualmente eficazes para detectar doença cardíaca

Estudo conclui, porém, que a tomografia tem uma ligeira vantagem para evitar cateterismos

A tomografia computadorizada e o teste de esforço com eletrocardiograma são igualmente eficazes para diagnosticar doenças cardiovasculares, revelou um estudo apresentado no Congresso Anual do Colégio Americano de Cardiologia (ACC, na sigla em inglês), no fim de semana, na Califórnia.

A pesquisa foi realizada com 10 000 pacientes com idade média de 60 anos, sendo 53% mulheres, examinados nos Estados Unidos e no Canadá. Os pacientes selecionados nunca haviam recebido um diagnóstico de doença nas artérias coronárias, mas apresentavam sintomas que podiam estar relacionados a enfermidades cardiovasculares, como falta de ar ou dor no peito.

Quase todos os participantes tinham pelo menos um fator de risco, como hipertensão, diabetes, ou tabagismo. Metade foi selecionada de forma aleatória para se submeter a um exame de tomografia, que mostra imagens tridimensionais das artérias coronárias. A outra metade fez um teste de esforço com eletrocardiograma. Esses testes são usados há bastante tempo, mas nunca haviam sido comparados durante um período de monitoramento.

Resultado – O estudo não mostrou nenhuma diferença significativa durante os dois anos de acompanhamento dos voluntários em termos de taxas de cirurgia, complicações, infartos e morte. “Antes desse estudo, a escolha do método de diagnóstico – a tomografia ou teste de esforço – era feita sem se ter uma ideia do que realmente era melhor para a avaliação de sintomas cardiovasculares”, disse Pamela Douglas, líder do estudo e pesquisadora do Centro de Pesquisa de Doenças Cardiovasculares da Universidade Duke.

Observou-se, porém, que a tomografia tem uma ligeira vantagem para evitar cateterismos cardíacos (introdução de um tubo na artéria umeral) desnecessários. Ela também utiliza doses de radiação mais baixas do que os exames de medicina nuclear que injetam pequenas quantidades de material radioativo no sangue para obter imagens do coração e das artérias.

FONTE: veja.abril.com.br

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