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Quilos extras na gravidez afetam imunidade do bebê

Novo estudo mostrou que a obesidade materna durante a gestação enfraquece o sistema imunológico dos recém-nascidos, deixando o organismo mais suscetível a doenças.

Faz tempo que a ciência se dedica a provar que, durante a gestação, a saúde da mãe afeta diretamente o bem-estar do bebê. Sabe-se, por exemplo, que o excesso de peso materno aumenta o risco de doenças respiratórias e problemas cardiovasculares nas crianças. Agora, um novo estudo revela que os quilos extras da gestante são responsáveis por enfraquecer o sistema imunológico do

recém-nascido, aumentando a suscetibilidade a doenças. A pesquisa foi publicada na revista científica Pediatric Allergy and Immunology.

Para o estudo, os pesquisadores acompanharam 39 mulheres e seus filhos. Foi calculado o índice de massa corporal (IMC) de cada mulher. Posteriormente, elas foram divididas em três grupos: 11 tinham peso saudável, 14 estavam com sobrepeso (IMC entre 25 e 30) e 14 eram obesas (IMC acima de 30).

A equipe então coletou amostras de sangue do cordão umbilical dos recém- nascidos. O objetivo era analisar o perfil e a quantidade das células imunes específicas em circulação. Segundo os resultados, os bebês nascidos de mães obesas tinham células “enfraquecidas”, com respostas imunes muito inferiores aos antígenos bacterianos – em comparação às crianças que tiveram mães com peso saudável.

“Essas alterações podem diminuir as respostas do sistema imunológico aos agentes infecciosos e comprometer a vacinação”, disse a autora principal do estudo Ilhem Messaoudi, da Universidade Califórnia-Riverside. “Isso poderia mudar como reagimos à vacinação, por exemplo. Será que devemos alterar a frequência com que vacinamos as crianças nascidas de mães obesas?”, questiona. A pesquisadora ressalta, contudo, que mais estudos são necessários para avaliar a relação entre a obesidade materna a o sistema imunológico dos recém-nascidos.

A obesidade tem diversos impactos negativos na saúde da mulher. O excesso de peso está associado à diminuição da fertilidade e, durante a gravidez, aumenta as taxas de diabetes gestacional, pré-

eclâmpsia, deslocamento da placenta e de parto prematuro.

FONTE: veja.abril.com.br

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