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Água: qual é o consumo ideal no frio? Médico tira dúvidas sobre a bebida

Especialista do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, responde as perguntas mais comuns em relação ao consumo de água.

Quanto de água eu devo beber? Na conta diária eu considero também outros tipos de bebida e a água contida nos alimentos? Por que o consumo de água é menor no inverno?  O infectologista Jean Carlo Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, esclarece essas e outras dúvidas sobre o consumo de água. Confira.

– Quanto devemos beber de água por dia? 

As pessoas devem ingerir de seis e oito copos (250mL) de água por dia – o que corresponde de 1,5 a dois litros. Para pessoas que praticam atividade física, o consumo de líquidos precisa ser maior: de três a quatro litros por dia – que podem variar entre o volume recomendado de água acrescido de outros líquidos, como sucos naturais e isotônicos.

Outra forma de entender o consumo de água é: o indivíduo deve beber uma garrafa de água (500mL) entre o café da manhã e o almoço, uma segunda garrafa entre o almoço até o anoitecer, e mais uma até a hora de dormir.

– Por que bebemos menos água no inverno? 

A temperatura é um fator que interfere na necessidade do organismo em receber líquidos, especialmente água. Em estações mais quentes, costumamos transpirar mais, o que favorece a perda de líquidos, que precisam ser repostos com maior frequência. Já nas estações frias, as perdas são menores, o que desencadeia no menor consumo de água.

– Esqueço de beber água. O que devo fazer? 

Sempre que possível, as pessoas devem manter uma garrafa de água próxima, assim ver a água vai lembrá-la de beber. Para quem mesmo com a garrafa à vista não consegue ingerir a quantidade recomendada, a indicação é usar um aplicativo específico que avise sobre os horários de beber água ou utilizar um alarme no celular que sirva de lembrete.

– O que acontece quando não bebo água suficiente? 

A baixa ingestão de água pode causar constipação intestinal (prisão de ventre), infecção urinária e cálculos renais (pedras nos rins).

Cuidados com a água

Além de garantir o consumo adequado de água, Gorinchteyn destaca a importância da qualidade da água, o que garante hidratação e evita riscos de saúde associados à contaminação.

De acordo com o especialista, as estações de tratamento utilizam métodos seguros para purificar a água que utilizamos em casa. No entanto, essa água passa por inúmeras tubulações – muitas vezes inapropriadas – ao longo da sua distribuição, o que favorece a contaminação da água antes que ela chegue até as nossas torneiras. Outro fator que interfere na qualidade são os reservatórios de água das residências, como caixas d’água. Por isso, eles precisam ser mantidos fechados e limpos a cada seis meses.

“Eu não recomendo beber água direto da torneira. A fervura e armazenamento da água é mais seguro, pois ajuda a matar microrganismos que causam doença, como diarreia bacteriana”, diz Gorinchteyn. Outra forma de garantir a qualidade é escolher águas minerais industrializadas. O infectologista ainda ressalta que a filtragem é uma opção, mas não é capaz de prevenir todos os riscos, pois não consegue reter alguns vírus, como o da hepatite A.

Alimentação

No inverno, a atenção deve ser redobrada também na alimentação. Neste período, as pessoas costumam comer mais porque o organismo gasta mais calorias como forma de manter o corpo aquecido.

 

Alguns alimentos podem ajudar nesta tarefa de produzir calor já que são termogênicos. Entre eles estão: café, chá verde, hortelã, salmão, cenoura, couve, gengibre, brócolis, canela e pimenta. Praticar atividade física também auxilia na aceleração do metabolismo para produção de calor.

FONTE: veja.abril.com.br

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